“É na Palavração que se faz Educção Popular!” AEPPA (CEAAL Brasil)

 

SISTEMATIZAÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO POPULAR AEPPA NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2024

 

É NA PALAVRAÇÃO QUE SE FAZ EDUCÇÃO POPULAR!

Fernanda Paulo

Tamar Oliveira

Jorge Cruz

Neila Sperotto

Paulina Gonçalves

Tania Graziadei

Catariana Machado

Taís de Gões

 

O primeiro semestre de 2024 foi marcado por uma série de atividades significativas organizadas pelo Movimento de Educação Popular AEPPA (Associação de Educadores Populares - Brasil), refletindo o nosso compromisso com a Educação Popular e a transformação social. Essas atividades visaram tanto a formação político-pedagógica, reflexão crítica sobre a cidade e a educação, quanto a prática concreta da Educação Popular em diversos contextos. Para conhecer melhor nosso movimento sugerimos acessar as músicas que expressam quem somos, nossas lutas, ideias, conceitos e práticas:

 

LINK DA NOSSA CARTA DE PRINCIPIOS CANTADA: https://www.youtube.com/watch?v=ioHBlH6ypWI

MÚSICA EDUCAÇÃO POPULAR QUE DEFENDEMOS: https://www.youtube.com/watch?v=3IA9ivqmH6s

AEPPA MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO POPULAR: https://www.youtube.com/watch?v=ioHBlH6ypWI

 

Iniciamos o semestre com a série de encontros “Que cidade temos e que cidade queremos”, onde promovemos debates e reflexões sobre a situação atual de Porto Alegre e as aspirações para seu futuro. Esses encontros buscaram dialogar com educadores e lideranças na construção de uma visão coletiva para a cidade, alinhada aos princípios da Educação Popular. A pesquisa conduzida pela AEPPA revelou uma cidade de Porto Alegre, marcada por contrastes e desafios críticos que afetam a qualidade de vida e a infraestrutura urbana. Os principais problemas identificados incluem a desvalorização dos profissionais da educação, má conservação das estruturas públicas, desigualdade social acentuada, precariedade da infraestrutura em bairros periféricos, e uma gestão pública que muitas vezes negligencia as necessidades da população em favor de interesses empresariais. Em contraste, a visão para uma Porto Alegre desejada envolve uma cidade com forte investimento em educação e demais políticas sociais de qualidade, serviços públicos e políticas inclusivas e democráticas, e uma gestão transparente que prioriza a participação popular. A pesquisa enfatiza a importância de uma educação integral com base na Educação Popular que valorize a cultura local, promova a justiça social, e integre diversas áreas do conhecimento para enfrentar os desafios de construção de uma cidade inclusiva, segura e sustentável. A participação ativa da comunidade e a implementação de práticas da Educação Popular são vistas como essenciais para transformar Porto Alegre em uma cidade mais justa e humanizada. Para conhecer a nossa ideia de ciddae e escola, acesse os links abaixo:

MÚSICA - A ESCOLA QUE QUEREMOS (LINK ABAIXO): https://www.youtube.com/watch?v=HofNf-9ItLU

MÚSICA - A CIDADE QUE QUEREMOS (LINK ABAIXO): https://www.youtube.com/watch?v=vR_qekADOg4

 

Também, oferecemos o Curso, de modo virtual, “Educação Popular: História, Contexto, Teoria e Prática”, destinado a educadores e interessados na temática. O curso abordou a trajetória histórica da educação popular, seus fundamentos teóricos e sua aplicação prática, reforçando o papel crítico e transformador dessa abordagem. Compartilhamos um link com os materiais utilizados em nosso curso (textos, músicas, Cartas Pedagógicas, vídeos):

https://drive.google.com/drive/u/2/folders/1xeh4olgFCf6uOFtuyavTcyaexSq-fzOe

 

Realizamos uma pesquisa de levantamento para identificar espaços que praticam a educação popular em Porto Alegre, mapeando iniciativas e criando uma rede de colaboração entre essas práticas. As instituições que responderam ao questionário (33) estão espalhadas por várias regiões do Brasil, como Porto Alegre, São Luís, Salvador, Fortaleza, entre outras. Elas incluem movimentos de educação popular, organizações não governamentais (ONGs), associações civis, universidades e coletivos culturais. As datas de fundação variam amplamente, com algumas organizações estabelecidas na década de 1940 e outras recentemente

Complementarmente, conduzimos dois encontros com o tema "QUE ESCOLA QUE TEMOS E QUEREMOS", investigando a percepção dos moradores, lideranças e educadores sobre o tema da educação.

As discussões realizadas pela AEPPA e pelo Conselho Popular revelam uma crítica profunda à precarização da educação em Porto Alegre e a necessidade de uma mudança substancial nas práticas e políticas educacionais. Os debates destacaram a falta de infraestrutura adequada, a crescente terceirização e desvalorização dos profissionais da educação, e a gestão centralizada e autoritária que limita a autonomia escolar e a participação democrática. Em resposta, a AEPPA defende a Educação Popular intersetorial, uma educação integral e inclusiva que se baseie nos princípios da Educação Popular, promovendo um currículo que valorize a diversidade cultural, ambiental e social, e integre a participação ativa da comunidade escolar. Houve também um forte clamor por uma escola que funcione como um polo cultural, com espaços para múltiplas atividades culturais e esportivas, e uma gestão que incorpore práticas democráticas e participativas, alinhadas com os valores de justiça social e inclusão. A Educação Popular é vista como essencial para reverter a hegemonia das políticas neoliberais e construir uma educação que fomente a cidadania ativa e a transformação social.

Em resposta às recentes enchentes no Rio Grande do Sul, desenvolvemos atividades informativas para conscientizar a população sobre prevenção e respostas a desastres naturais e suas causas políticas. Também produzimos vídeos temáticos com Áudio Cartas Pedagógicas, abordando temas da Educação Popular de modo acessível.

Além disso, atuamos no movimento para o reconhecimento e regulamentação da profissão de Educadores Sociais, organizando e colaborando com reuniões e articulações com representantes políticos e instituições para avançar nessa pauta. Isso incluiu reuniões com o SIMA (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre) e com o Fórum Nacional de Educadores Sociais. Junto com o SIMA, a AEPPA realizou reuniões acerca da necessidade e solicitação de emendas parlamentares e a criação do primeiro curso superior para educadores sociais na perspectiva da Educação Popular.

No IFRS de Alvorada, a AEPPA tem participados de reuniões de trabalho para elaboração de documentação pedagógica para a efetivação do primeiro curso superior, do Brasil, para educadores sociais na perspectiva da Educação Popular.

Importante, salientar que marcamos presença em diversos fóruns e atividades relevantes, como o Fórum Social das Periferias, o Fórum de Estudos e Leituras Paulo Freire, e o Fórum de Educação de Jovens e Adultos do Rio Grande do Sul. Essas participações reforçaram nossa rede de apoio e colaboração com outras entidades e movimentos sociais.

A AEPPA esteve presente nas ações do sindicato de professores do Rio Grande do Sul, pautando temas como direito à educação de qualidade, pública e reivindicando pautas da Educação Popular: integral, antirracista e socioambiental. Participamos da Reunião do “Programa Meu Imóvel - Governo Federal” pensando em buscar, coletivamente, um espaço que acolha a AEPPA, pois não temos uma sede. No mês de maio e início de junho estivemos, enquanto AEPPA, envolvidos diretamente em ações humanitárias em prol as famílias afetadas pelas enchentes que vieram se abrigar no município de Alvorada-RS. Como resultado destas ações será realizado um projeto de formação política através da Educação Popular na Ocupação 1° de maio (Alvorada), sob coordenação de Jorge Cruz e Simone Dávila.

 

Tivemos participação, enquanto apoiadores, da mesa redonda “Pierre Furter e Paulo Freire: Aproximações e Legado para a Educação Libertadora”, organizada pelo GETFOP/LAPSU – UNICENTRO e NUPEPS – UEPG. Esse evento destacou a relevância das ideias de Furter e Freire na contemporaneidade e fortaleceu nosso compromisso com uma educação emancipadora e crítica. Organizamos um Pré-Fórum Paulo Freire (XXV Fórum de Estudos: Leituras de Paulo Freire) de modo virtual, trabalhando o tema: “Educação Popular, Resistências e Dignidade Humana”.

 

Participamos das ações de extensão em homenagem a Carlos Rodrigues Brandão, associadas ao evento Café com Paulo Freire, em parceria com a UNISC. Na sequencia uma música que a AEPPA fez para o nosso educador popular:

https://www.youtube.com/watch?v=9TSMp6KH6nU

Ainda, integramos atividades da Rede Internacional/Cátedra/Cidade que Educa e Transforma, contribuindo para o diálogo internacional sobre educação e transformação social.

Estas são uma mostra de atividades realizadas pela AEPPA no primeiro semestre de 2024, demonstrando nosso esforço contínuo em promover a Educação Popular, enquanto Movimento de Educação Popular e na militância. Através de cursos, pesquisas, mobilizações, reuniões e eventos, reforçamos a importância de uma educação que valorize a participação ativa, a reflexão crítica e a construção coletiva de conhecimento. Nosso compromisso segue em direção a uma sociedade mais justa, inclusiva e democrática.

 

MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO POPULAR AEPPA

Porto Alegre, 18 de junho de 2024