Libro “Como alfabetizar com Paulo Freire”

[livro eletrônico] / organização
Janaina M. Abreu , Paulo Roberto Padilha

Instituto Paulo Freire (de CEAAL Brasil)

EaD Freiriana

Autores | Daniela Azevedo, Eurídice Rocha, Flávia Cristina de Souza Cezário, Francisco
Paulo do Nascimento, José Eduardo Gama Noronha, José Raimundo Oliveira Lima,
Maria José Guerra, Monah El Kadri, Nicoli Cristine Rup

Prefacio  Práticas Concretas de como Alfabetizar

Este livro é um convite à reflexão sobre a atualidade da obra de Paulo Freire no contexto em que vivemos, marcado pela falta de amor, de tolerância e de empatia. Como alfabetizar com Paulo Freire nos convida à reinvenção de seu legado em diferentes áreas e contextos.
É também um convite para caminharmos por diferentes contextos deste Brasil, pelas diferentes experiências e olhares que, com toda certeza, contribuem para a nossa aprendizagem contínua. São leituras instigantes, que nos proporcionam muitas reflexões e aprendizagens.
Os círculos de cultura, a prática e os princípios metodológicos de Freire são apresentados como um exercício democrático, como espaço que promove o encontro, como espaço formativo e de aprendizagem, além do encontro de sentidos coletivos.
Encontramos aqui a articulação com Enrique Pichon-Riviere com foco nas ações formativas críticas com crianças e adolescentes. A construção do eu, sua ressignificação e compromisso de estar no mundo a partir do olhar empático e coletivo torna-se uma possibilidade da
transformação para o nós.
O encontro com outros autores, como Célestin Freinet, em busca de uma educação para a plenitude do ser humano, nos convida a refletir sobre suas possíveis intersecções entre as duas teorias. São estudadas também as intersecções das abordagens de Paulo Freire, Lev Vygotsky
e Emília Ferreiro a partir da experiência da área da fonoaudiologia e da linguagem escrita, promovendo a reflexão da contribuição para a práxis educativa e terapêutica para crianças, jovens e adultos.
“Alfabetizar com Paulo Freire” nos ajuda a promover ações e reflexões a partir do nosso lugar neste mundo e da nossa relação com a natureza. A metodologia de Freire se apresenta como possibilidade para a alfabetização ecológica com sustenta um dos autores deste livro.
A prática dos princípios cooperativistas e as rodas de conversas são analisadas em seus pontos de interseção e seus desafios quando se vislumbra uma perspectiva de autonomia. Por outrolado, uma leitura do livro Pedagogia da Autonomia é feita para evidenciar a contribuição de
Paulo Freire na formação do docente da EJA e apresenta a reflexão sobre as implicações da disciplina para a formação do licenciado.
Outra análise apresentada é a contribuição para o olhar da criança como produtora de cultura e centro da realização do trabalho. Neste artigo, são apresentadas as possibilidades a partir desta visão e o papel da afetividade na relação entre o(a) educador(a).
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A reinvenção do legado de Freire é o que provoca uma das autoras a trazer os ensinamentos de Freire na construção de uma sociedade justa e igualitária, para o fortalecimento da cidadania e da autonomia, nesta sociedade digital e globalizada. A revisão bibliográfica realizada pela autora possibilita o estudo sobre a relação da enfermagem e os objetivos do desenvolvimento sustentável e o papel da educação problematizadora para alcançar esses objetivos.
São artigos que circulam por diferentes áreas, extrapolam a sala de aula, e nos possibilitam ter esperança de que transformações são possíveis.
Enfim, mais um livro para esperançar, como “necessidade ontológica”, que se traduz em práticas concretas de como alfabetizar, porque “a esperança precisa da prática para tornar-se concretude histórica”, como afirma Paulo Freire em seu livro Pedagogia da esperança.
Alessandra Rodrigues dos Santos
Instituto Paulo Freire

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